De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que até 40% dos casos de câncer de mama podem ser prevenidos por meio de uma alimentação saudável e adequada, combinada com a prática regular de atividades físicas.

Como profissionais de saúde, é fundamental que nossa atuação esteja sempre embasada em evidências científicas. Precisamos apoiar de forma ética as pessoas em tratamento, evitando o “terrorismo nutricional”, pois não há evidências robustas que justifiquem a adoção de dietas restritivas para essa população.

O carcinoma de mama se destaca como a principal causa de morte entre mulheres diagnosticadas com algum tipo de câncer, além de ser o mais prevalente nesse grupo. Segundo INCA, estima-se que 73.610 novos casos de câncer de mama sejam registrados até 2025, reforçando a urgência de ações preventivas e educativas.

Por fim, cabe a nós, como profissionais de saúde, combater a desinformação que circula amplamente nas redes sociais e outros meios. Incentivar a adoção de hábitos alimentares equilibrados, longe de modismos e restrições extremas, é uma forma de garantir que as pessoas possam enfrentar o tratamento de maneira mais segura e confiante, sempre com base em orientações seguras e cientificamente embasadas.

Além disso, é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos, com risco padrão, devem realizar mamografias de rastreamento a cada dois anos, conforme orientação do Ministério da Saúde, como parte da estratégia de detecção precoce do câncer de mama.

Aproveitamos para sugerir a leitura da publicação “Dieta, nutrição, atividade física e câncer: uma perspectiva global – um resumo do terceiro relatório de especialistas com uma perspectiva brasileira”, do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Para conferir, acesse aqui.

Escrito por Erika Carvalho, presidenta do Conselho Federal de Nutrição – CFN