Evento também abordou ações para promover a inclusão do nutricionista no SUAS.

Na tarde desta quinta-feira (11/07), durante a programação do 24º CONGEMAS em São Paulo, o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) realizou a oficina “SUAS e SISAN: Potencialidades das Ações Intersetoriais para Garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada e da Segurança Alimentar e Nutricional nos Territórios”.

A oficina foi uma ação intersetorial envolvendo órgãos e secretarias ligadas ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O diretor tesoureiro do CFN, Alexsandro Wosniaki, palestrou sobre a agenda de alimentação e nutrição no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e sobre as ações do Conselho para promover a inclusão do nutricionista no SUAS.

Também participaram do evento a ex-Ministra do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, a representante da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN/MDS), Milena Serenini Bernardes, e o representante da Coordenação Geral de Articulação Federativa do SISAN – SECF/MDS, Élcio Magalhães.

Com a presença de mais de cem participantes, a oficina discutiu as ações intersetoriais no contexto do SUAS e do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). O foco foi garantir a não violação do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e promover a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) nos territórios brasileiros.

Um ponto importante discutido foi o papel do nutricionista no SUAS, evidenciando sua atuação tanto na proteção social básica quanto na proteção social especial. Foi destacado como esses profissionais podem promover a intersetorialidade no contexto da segurança alimentar e nutricional. Atualmente, cerca de 2.500 nutricionistas atuam na assistência social, desempenhando um papel crucial na promoção da SAN e na proteção dos direitos alimentares da população.

A integração de políticas públicas que envolvem saúde, educação, assistência social e agricultura permite uma abordagem mais abrangente e eficiente para enfrentar a fome e a insegurança alimentar. Segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), cerca de 33,1 milhões de brasileiros enfrentaram fome em 2022, destacando a urgência de ações coordenadas.

A insegurança alimentar é um problema complexo que exige soluções multifacetadas. Políticas intersetoriais podem contribuir significativamente para a promoção da SAN, articulando programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, com iniciativas de fortalecimento da agricultura familiar e educação nutricional nas escolas. Além disso, a implementação de políticas de alimentação escolar e programas de alimentação para populações vulneráveis, como idosos e pessoas em situação de rua, são essenciais para reduzir as desigualdades no acesso à alimentação adequada.

A oficina reforçou a importância de ações integradas e a participação ativa de diversos setores e profissionais na luta contra a fome e na promoção de uma alimentação adequada e saudável para todos os brasileiros.