Na manhã desta quarta-feira (8/3), a conselheira do CRN-10, Diretora Secretária Adriana Salum, e a coordenadora técnica Pietra Klein, participaram da audiência pública para divulgação do relatório das ações da Secretaria de Estado da Saúde referente aos últimos quatro meses de 2022. A prestação de contas periódica atende a uma obrigação constitucional. Os dados foram apresentados pela secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, aos deputados da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Neodi Saretta. A conselheira Adriana Salum aproveitou a oportunidade para entregar ao deputado os materiais informativos produzidos pelo CRN-10 com objetivo de difundir a importância do tema da segurança alimentar e nutricional (foto).

De acordo com o relatório, Santa Catarina investiu, em 2022, 14,85% do orçamento em ações de saúde. O número ultrapassa o mínimo de 12% que deve ser direcionado para área, conforme determinado pela Constituição Estadual. A apresentação trouxe ainda dados sobre indicadores de saúde, cobertura vacinal, combate à dengue e ao Covid-19, gastos e fontes de financiamento.

As principais diretrizes do Programa Estadual de Cirurgias Eletivas e o cenário atual catarinense relacionado à fila de espera por procedimentos de saúde foi um dos destaques da apresentação.    tem como meta zerar a fila de espera de exames e cirurgias eletivas em Santa Catarina no prazo de seis meses. Considerado um dos principais planos de governo da gestão Jorginho Mello, o
O diagnóstico apresentado pela Secretaria aponta uma fila de espera de 105 mil pessoas para cirurgias eletivas em Santa Catarina. Outros 117 mil pacientes aguardam consultas com especialidades cirúrgicas. A maior demanda é por procedimentos ósteo-molecular, como cirurgia de joelho, quadril e ombro, respondendo por 21,7% da fila de espera. No segundo lugar, com 20,3%, estão os procedimentos no aparelho digestivo. O cenário catarinense aponta ainda grande demanda por cirurgias de varizes, angioplastias, vasectomias, laqueaduras e cálculo renal.
O presidente da Comissão de Saúde, deputado Neodi Saretta (PT), destacou como positiva a perspectiva apresentada pela pasta para acabar com a fila de cirurgias eletivas. “Queremos que isso se concretize para que apenas se mantenha aquela fila normal, de alguns dias, quando a pessoa chega para procurar atendimento. E também as demais demandas que aqui foram colocadas, como a organização de fluxo de atendimento, política hospitalar catarinense, entre outros. Vamos ter muita coisa para debater, mas essa audiência pública deu um norte importante para os rumos da saúde catarinense.”

A cobertura vacinal abaixo da meta também  foi um dos destaques. Apenas a vacina da tríplice viral bateu a meta de 95%. As demais, como poliomielite, BCG, pentavalente e hepatite, atingiram menos de 90% do público-alvo imunizado.