Carta aberta e assinada por um grupo de 35 especialistas, organizações da sociedade civil e grupos de pesquisa pedindo pela devida regulamentação da publicidade de ultraprocessados. A carta enviada aos ministros do Supremo Tribunal Federal, que deve julgar nos próximos dias a validade de uma norma da Anvisa, a RDC 24/2010, que determina que a promoção de produtos com excesso de gordura, sódio e açúcar seja acompanhada por um alerta sobre o risco do seu consumo em excesso. Apesar de ter sido publicada em 2010, a norma não entrou em vigor até hoje porque indústrias de ultraprocessados e grupos ligados a elas vem questionando a autoridade da Anvisa e impedindo que a população seja devidamente informada.

Acesse a carta aqui

Fonte: ACT

O desperdício de alimentos é um dos maiores desafios enfrentados globalmente, impactando não apenas a segurança alimentar, mas também o meio ambiente e a economia. Estima-se que cerca de um terço de todos os alimentos produzidos no mundo é perdido ou desperdiçado, o que representa uma enorme quantidade de recursos naturais e financeiros.

Reduzir o desperdício de alimentos não é apenas uma questão ética, é também uma necessidade urgente para a sustentabilidade do planeta. Ao combater esse desperdício, podemos ajudar a alimentar milhões de pessoas, diminuir as emissões de gases de efeito estufa e otimizar o uso de recursos naturais.

Iniciativas Eficazes

  1. Bancos de Alimentos:
    Os bancos de alimentos são instituições que coletam doações de alimentos excedentes de supermercados, produtores e restaurantes, redistribuindo-os para pessoas em situação de vulnerabilidade. Essa ação não só combate o desperdício, mas também promove a solidariedade e o apoio à comunidade.
  2. Programas de Reaproveitamento:
    Muitas organizações estão desenvolvendo programas para reaproveitar alimentos que, apesar de não serem mais adequados para a venda, ainda são seguros para o consumo. Isso inclui a transformação de frutas e vegetais em conservas, geleias ou sopas.
  3. Educação e Conscientização:
    Campanhas educativas sobre a importância da redução do desperdício são fundamentais. Através de workshops e palestras, é possível ensinar técnicas de armazenamento, planejamento de compras e receitas com sobras, promovendo hábitos mais sustentáveis.
  4. O Papel do Nutricionista:
    Os nutricionistas desempenham um papel importante nesse combate. Eles podem orientar a população sobre como planejar refeições de forma eficaz, evitando compras excessivas e desperdícios. Além disso, podem oferecer dicas sobre o aproveitamento integral dos alimentos, como utilizar cascas e talos em receitas nutritivas. A educação nutricional, promovida por esses profissionais, ajuda a sensibilizar as pessoas sobre a importância de valorizar os alimentos e suas propriedades.
  5. Parcerias com Restaurantes e Supermercados:
    Incentivar restaurantes e supermercados a doar seus excedentes ou alimentos próximos da data de validade é uma estratégia eficaz. Além disso, muitas empresas têm implementado políticas de “zero desperdício”, utilizando cada parte do alimento em suas operações.
  6. Iniciativas Locais:
    Comunidades podem se organizar para criar feiras de troca de alimentos, onde as pessoas podem trocar excedentes de suas hortas ou alimentos que não vão consumir. Essas práticas promovem a economia circular e fortalecem laços comunitários.
  7. Aplicativos de Doação:
    O uso de tecnologia tem sido uma ferramenta poderosa. Aplicativos que conectam doadores e instituições que precisam de alimentos são cada vez mais comuns, facilitando a logística e aumentando a eficiência na redistribuição.

Combater o desperdício de alimentos requer um esforço conjunto de todos os setores da sociedade. Cada ação, por menor que seja, pode contribuir significativamente para um futuro mais sustentável e justo. O papel dos nutricionistas é fundamental nesse processo, ajudando a promover práticas saudáveis e conscientes. Ao apoiar bancos de alimentos e outras iniciativas, estamos não apenas ajudando a alimentar os necessitados, mas também fazendo parte de uma mudança maior em prol da redução do desperdício. Juntos, podemos fazer a diferença!

 

Diante da repercussão da participação do médico oncologista Antônio Carlos Buzaid na live com a apresentadora Ana Maria Braga, em 12 de setembro, o Conselho Federal de Nutrição (CFN) e a entidade científica Sociedade Brasileira de Nutrição Oncológica (SBNO) destacam alguns aspectos fundamentais sobre a nutrição e sua relação com a prevenção e o tratamento do câncer. O Dr. Antônio Carlos mencionou a chamada “Dieta Divina” e sugeriu que, para reduzir o risco de câncer, não seria necessário o acompanhamento de um nutricionista, simplificando a questão a um conceito de alimentação baseado apenas em alimentos naturais e na exclusão de produtos processados.

Reconhecemos a importância de uma alimentação baseada em alimentos in natura, como recomendado no Guia Alimentar para a População Brasileira. Entretanto, simplificar essa discussão a “comer o que Deus fez” sem considerar as nuances individuais de cada paciente e a complexidade do câncer, pode induzir ao erro. A Nutrição é uma ciência, e os alimentos possuem interações complexas com o corpo humano, especialmente em situações delicadas como o tratamento e a prevenção do câncer.

A SBNO, em seu recente Consenso Brasileiro de Nutrição Oncológica, destaca a importância de estratégias adequadas para o manejo nutricional do paciente com câncer. O consenso traz orientações específicas para prevenir e tratar sinais e sintomas que impactam o estado nutricional, desde o pré até o pós-tratamento oncológico, abrangendo diferentes fases da vida, como crianças, adultos e idosos, além das diversas modalidades de tratamento. Não podemos relegar o manejo nutricional exclusivamente à fé ou a soluções simplistas; existem sociedades científicas e profissionais especialistas altamente capacitados para atuar em todas as áreas do cuidado oncológico.

A alimentação equilibrada é um dos pilares da promoção da saúde e da prevenção de diversas doenças crônicas, incluindo o câncer, mas deve ser sempre planejada com base em evidências científicas. O acompanhamento de um nutricionista é indispensável, pois a atuação desse profissional vai muito além de simplesmente recomendar “comer alimentos naturais”. O nutricionista avalia o histórico clínico, as necessidades individuais, a fase do tratamento e os efeitos colaterais dos procedimentos oncológicos, ajustando a alimentação de acordo com o quadro de saúde do paciente.

Além disso, é importante ressaltar que declarações como a feita na entrevista podem desvalorizar o trabalho de profissionais altamente capacitados, sugerindo que qualquer pessoa pode substituir a orientação profissional por conselhos ou dicas generalistas. Isso não apenas subestima a importância do acompanhamento nutricional em tratamentos oncológicos, como também pode comprometer a saúde de pacientes que enfrentam dificuldades ao seguir dietas rigorosas sem suporte técnico adequado.

Conforme apontado no Guia Alimentar para a População Brasileira, a alimentação saudável envolve muito mais do que a exclusão de alimentos ultraprocessados. Ela deve considerar a qualidade dos alimentos, a forma como são consumidos, o contexto social, cultural e econômico, bem como a individualidade de cada pessoa.

Portanto, o Conselho Federal de Nutrição e a Sociedade Brasileira de Nutrição Oncológica reafirmam que a Nutrição é uma ciência que deve ser levada a sério, especialmente no contexto oncológico. O acompanhamento nutricional por profissionais qualificados é parte essencial de uma abordagem terapêutica integrada, que visa oferecer o melhor cuidado possível aos pacientes. Fazer recomendações simplistas pode prejudicar tratamentos sérios que envolvem estratégias nutricionais personalizadas e baseadas em evidências científicas.

Seguimos comprometidos em defender a prática profissional baseada na ciência e em garantir que a população tenha acesso a informações corretas e seguras no campo da nutrição e da oncologia.

Brasília, 25 de setembro de 2024.

Clique aqui para acessar a carta assinada.

No dia 21 de setembro, a Jornada Catarinense de Nutrição Oncológica deu início às suas atividades com uma mesa de abertura que contou com a presença de autoridades e especialistas da área. Esta foi a primeira edição que teve como objetivo discutir as mais recentes abordagens e práticas na Nutrição de pacientes oncológicos, promovendo a troca de conhecimento entre profissionais da saúde.

A mesa foi composta pela Presidente do Conselho Regional de Nutrição da 10ª Região (CRN-10), Vânia Passero, que destacou a importância da nutrição na recuperação e bem-estar de pacientes com câncer. “A Nutrição adequada é fundamental para o tratamento oncológico. É nosso dever, como profissionais, estarmos sempre atualizados e preparados para oferecer o melhor suporte aos nossos pacientes”, afirmou Passero.

A vice-presidente do Conselho Federal de Nutrição (CFN), Carla Regina Galego, participou do painel, reforçando a necessidade de políticas públicas que incentivem a formação contínua dos nutricionistas e promovam a Nutrição oncológica como uma especialidade essencial no sistema de saúde.

Outros membros da mesa incluíram Paulo Henrique Hermes Vieira, representante da Fundação Educacional de São José, e Elisa de Espíndola, Coordenadora do Curso de Nutrição do Centro Universitário Estácio de Santa Catarina, que discutiram a importância da formação acadêmica e da pesquisa na área de nutrição oncológica.

O evento contou ainda com a participação do Dr. Nivaldo Barroso de Pinho, representante da Sociedade Brasileira de Nutrição Oncológica, que abordou os avanços científicos na Nutrição e seu impacto no tratamento do câncer. “O diálogo entre as diferentes áreas da saúde é essencial para um cuidado integrado e eficaz”, ressaltou.

A Jornada Catarinense de Nutrição Oncológica se apresenta como um espaço vital para o aprendizado e a troca de experiências, contribuindo para a capacitação dos profissionais e, consequentemente, para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes oncológicos em Santa Catarina. O CRN-10, sob a liderança de Vânia Passero, reafirma seu compromisso com a valorização da Nutrição como peça chave na saúde pública.

 

Os integrantes da chapa “Ressignificar e Avançar” assumiram suas funções em uma cerimônia solene, marcando o início de um novo ciclo no CFN. Esse ciclo conduzirá as ações político-institucionais do conselho pelos próximos três anos, de 19 de setembro de 2024 a 18 de setembro de 2027. A conselheira federal Carla Galego, que é do CRN-10, assumiu a vice-presidência. A presidente do CRN-10, Vânia Passero, e a vice-presidente Adriana Salum prestigiaram o evento para desejar sucesso na nova função e agradeceram as conselheiras federais que terminaram a gestão: Ana Jeanette Ferreira Lopes de Haro e Liliana Bricarello.

A mesa oficial da solenidade foi composta pelo então presidente do CFN, Élido Bonomo; pela coordenadora do Fórum de Presidentes do Sistema Conselhos Federal e Regionais de Nutrição, Gláucia Posso; e pela representante dos novos conselheiros e conselheiras eleitos, Risoneide Calazans.

A cerimônia também contou com a presença da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Patrícia Gentil, representando a Secretária Lilian dos Santos Rahal; do Secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (MS), Felipe Proenço de Oliveira, representando a Ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima; da representante da Secretaria Nacional da Assistência Social do MDS, Tuanny Kasren de Souza Ramos; da representante do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Marília Leão; da representante da Associação Brasileira de Nutrição, Gláucia Rodrigues Medeiros; e do representante do Conselho Federal de Biologia, Antenágoras Café Carvalhais Júnior.

Novo plenário e diretoria
O novo Plenário do CFN, instituído no dia 19/9 é o 16º desde a criação da instituição e é composto por nove conselheiros efetivos e nove suplentes, garantindo a representatividade de, no mínimo, um membro de cada Conselho Regional de Nutrição (CRN). Desses, quatro integram a diretoria:

Conselheiros(as) Efetivos(as):

– Érika Simone Coelho Carvalho (CRN-9) – Presidenta
– Carla Regina Galego (CRN-10) – Vice-presidenta
– Fernando Marcello Nunes Pereira (CRN-1)
– Viviani dos Santos Fontana (CRN-3) – Diretora-secretária
– Manuela Dolinsky (CRN-4)
– Ícaro Ribeiro Cazumbá da Silva (CRN-5)
– Risoneide Rodrigues Calazans (CRN-6)
– Maurício Rafael Novaes de Araujo (CRN-7) – Diretor-tesoureiro
– Alexsandro Wosniaki (CRN-8)

Suplentes:
– Lewestter Melchior de Lima (CRN-1)
– Ana Luiza Sander Scarparo (CRN-2)
– Miriam Nardi (CRN-2)
– Juliana Pizzol Organo (CRN-4)
– Amélia Borba Costa Reis (CRN-5)
– Caio Victor Coutinho de Oliveira (CRN-6)
– Adele Luiza da Matta Costa (CRN-7)
– Amilton Feitosa da Silva (CRN-11)
– Virginia Nunes Lima (CRN-11)

Seminário de transição
Durante três dias que antecederam a posse, os novos conselheiros e conselheiras participaram de um seminário de transição, no qual a gestão anterior apresentou as principais iniciativas realizadas e os grupos de trabalho em andamento. O seminário também ofereceu uma visão detalhada dos relatórios de gestão das comissões do CFN, além de apresentações dos coordenadores e assessores sobre as atividades das diversas unidades do conselho.

A sessão solene foi o ponto culminante desse processo de transição, formalizando o início de uma nova gestão, comprometida com uma administração eficaz, eficiente e democrática, visando à renovação e à participação ativa da categoria na condução da entidade.

Confira as fotos da cerimônia de posse aqui.

POSICIONAMENTO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, SOCIEDADE BRASILEIRA DE  ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDO DA OBESIDADE E CONSELHO FEDERAL DE NUTRIÇÃO

 

Em virtude da repercussão a respeito da pretensa informação acerca do diabetes ser causado por vermes, as três Sociedades Científicas – SBD, SBEM e ABESO, bem como o CFN – observaram a necessidade de dar esclarecimentos e orientações sobre o tema, dada sua relevância e impacto na vida da população.

O diabetes é uma doença altamente prevalente, atingindo mais de 537 milhões de indivíduos no mundo segundo a Federação Internacional de Diabetes, sendo 20 milhões de brasileiros acometidos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes. Trata-se de uma condição clínica, crônica e sem cura, que pode ser acompanhada de complicações impactantes, como cegueira, insuficiência renal, amputações de membros inferiores, doenças cardiovasculares, entre outras, levando à mortalidade precoce sobretudo naquelas pessoas com controle inadequado da doença. Portanto, é de suma importância que essas pessoas estejam totalmente engajadas no tratamento adequado.

Têm sido veiculadas matérias na mídia sobre profissionais que defendem a ideia de que vermes estariam envolvidos no surgimento do diabetes, inclusive defendendo e, eventualmente, oferecendo tratamento antiparasitário para suposta cura da doença. Isso é um completo absurdo, sem qualquer embasamento científico. Além de ludibriar a população com informações enganosas, expõem as pessoas com diabetes à possibilidade de abandono dos tratamentos adequados, colocando-as em risco, inclusive de morte.

As Sociedades e o Conselho que aqui assinam este posicionamento reforçam a necessidade de buscar profissionais sérios e comprometidos com a ciência para o tratamento adequado das pessoas com diabetes, evitando práticas oportunistas e equivocadas, muitas vezes visando exclusivamente o lucro em detrimento da saúde desses indivíduos.

O Conselho Regional de Nutrição da 10ª Região (CRN-10) publicou no Diário Oficial da União (DOU) no dia 13 de setembro o resultado das eleições para o novo Plenário que irá gerir a instituição no triênio 2024-2027. A única chapa concorrente, “InovAção 10”, foi eleita com 72,34% dos eleitores. Dos mais de 9 mil nutricionistas registrados,  6060 estavam aptos a votar.

Os nutricionistas que não conseguiram votar, devem justificar a ausência até dia 4 de outubro, no mesmo site da votação: www.eleicoescrn10.org.br

ACESSE O EDITAL – Clique aqui

Total de votantes: 4.386 (quatro mil trezentos e oitenta e seis).  Votos para Chapa 001 “InovaAção1o”, única concorrente ao pleito: 3.173 (três mil cento e setenta e três) votos. Votos brancos 636 (seiscentos e trinta e seis) e Votos nulos 577 (quinhentos e setenta e sete). Portanto, a Chapa foi considerada vitoriosa. Desta decisão cabe recurso, sem efeito suspensivo, ao CFN, no prazo de 3 (três) dias úteis, a contar da publicação no Diário Oficial da União (DOU). O recurso deverá ser protocolado na sede do CRN- 10.

A Comissão eleitoral foi nomeada em abril, quando iniciaram os trabalhos de organização deste processo, e é composta pelas seguintes nutricionistas, conforme Portaria CRN-10 nº 005/2024: Amanda Alcaraz da Silva (CRN-10 0363), Michelle da Gama Cunha de Souza (CRN-104021), Monike Costa Pereira (CRN-10 4964), Rafaella Mafra (CRN-10 4272) e Renata Dilli Nunes (CRN-10 728).

Os nutricionistas que não conseguiram votar terão 30 dias depois das eleições para justificar a ausência, ou seja, até 4 de outubro, sob pena de incidência de multa, no valor correspondente a 20% da anuidade vigente. A justificativa deve ser feita no mesmo site da votação: www.eleicoescrn10.org.br. 

A Chapa “InovAção 10” é composta por um grupo diversificado e experiente de membros que assumiu a responsabilidade de conduzir o CRN-10 com uma visão moderna e inovadora para os próximos três anos, conforme apresentação das propostas. A lista completa dos representantes eleitos inclui:

Membros Efetivos:

  1. Vânia Passero (CRN-10 nº 0520)
  2. Adriana Salum (CRN-10 nº 0199)
  3. Maria do Carmo de Lima Martins (CRN-10 nº 0803)
  4. Elizabeth Maria Diamantopoulos Neme (CRN-10 nº 0377)
  5. Letícia Nunhofer Zago (CRN-10 nº 0835)
  6. Alexandra Marlene Hansen (CRN-10 nº 0097)
  7. Karla Siqueira Lottermann (CRN-10 nº 10295)
  8. Patrícia Viviane Fortunato (CRN-10 nº 4305)
  9. Lidiamara Dornelles de Souza (CRN-10 nº 1989)

Membros Suplentes:

  1. Munique De Amorin (CRN-10 nº 6372)
  2. Halana Ataíde Köche Rita (CRN-10 nº 6175)
  3. Cristiane Holz (CRN-10 nº 0791)
  4. Gelvani Locateli Bettanin (CRN-10 nº 6091)
  5. Andrea Livramento Bessa (CRN-10 nº 5336)
  6. Patricia Girardi (CRN-10 nº 6108)
  7. Elinia da Silva Mateus Marsango (CRN-10 nº 0821)
  8. Renata Carvalho de Oliveira (CRN-10 nº 0700)
  9. Aline Maria Salami (CRN-10 nº 1099)

Com a eleição desta chapa, a atual gestão despede-se das funções em outubro, quando os novos integrantes iniciam o ciclo de trabalho com foco no desenvolvimento e fortalecimento da profissão de Nutricionista. Segundo o caderno de propostas apresentado durante o período eleitoral, o grupo eleito está comprometido em promover avanços, sempre buscando atender às necessidades dos profissionais e da sociedade com qualidade e responsabilidade.

O CRN-10 agradece a participação dos eleitores e de todos os candidatos, e está confiante de que a nova gestão trará grandes contribuições para a Nutrição em Santa Catarina.

Iniciativa investe R$ 2,9 milhões até 2026 para aprimorar diretrizes e promover segurança alimentar em comunidades vulneráveis.

O Conselho Federal de Nutrição (CFN), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), anunciou uma iniciativa estratégica para a qualificação da agenda de alimentação e nutrição no Sistema Único de Assistência Social (Suas). O projeto, que contará com um investimento de R$ 2,9 milhões até 2026, irá aprimorar o atendimento à população em situação de vulnerabilidade social por meio de recomendações e diretrizes para os profissionais e gestores do Suas.

A parceria tem como foco integrar as ações de alimentação e nutrição com a assistência social, promovendo a segurança alimentar e nutricional, e assegurando autonomia, dignidade e qualidade de vida para as famílias atendidas. Segundo Élido Bonomo, presidente do CFN, “essa iniciativa é um passo crucial para garantir que a nutrição seja tratada como um direito essencial no contexto da assistência social, e que os profissionais possam atuar com embasamento técnico e sensibilidade frente às necessidades da população em situação de vulnerabilidade”.

Entre os principais objetivos da iniciativa está a implementação de oficinas presenciais em todas as 27 unidades da federação, além de um curso de formação para os profissionais do Suas. A parceria também prevê a criação de um documento técnico para apoiar a inclusão da Agenda de Alimentação e Nutrição nos currículos de graduação e pós-graduação em Nutrição, além de normativas que definirão os parâmetros nutricionais do Programa Nacional de Alimentação e Nutrição do Suas.

Com essa ação, o CFN reafirma seu compromisso com a promoção da segurança alimentar e nutricional, contribuindo diretamente para o fortalecimento do Suas e, consequentemente, para o bem-estar da população em situação de vulnerabilidade. “A capilaridade do Suas, por meio dos Cras e Creas, será essencial para que as ações de alimentação adequada e saudável cheguem às pessoas que mais precisam”, destaca Élido Bonomo.

 

O CRN-10 apoiou a realização do II Fórum Nacional de Nutricionistas na Assistência Social, realizado nos dias 9 e 10 de setembro, no Rio de Janeiro. A presidente do CRN-10, Vânia Passero, e a coordenadora técnica Pietra Klein participaram do evento, onde uma das coordenadoras foi a nutricionista da Secretaria Municipal de Assistência Social de Itajaí Elínia da Silva Mateus, conselheira eleita para Gestão 2024-2027 do CRN-10.

O trabalho do nutricionista no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) tem se consolidado como um pilar essencial na identificação e apoio a famílias em situação de Insegurança Alimentar e Nutricional (INSAN).

“A atuação do nutricionista nos equipamentos da rede socioassistencial é fundamental tanto na proteção básica quanto na proteção especial. Nos CRAS, ele desenvolve ações de educação alimentar e nutricional, promovendo a segurança alimentar e fortalecendo os vínculos comunitários”, destaca Alexsandro Wosniaki, diretor-tesoureiro do CFN.

“Nos CREAS e em outros serviços de proteção especial, o nutricionista trabalha diretamente com famílias em situação de risco, buscando superar a insegurança alimentar e garantir o direito à alimentação adequada, integrando suas ações com outras políticas públicas, como saúde e educação”, complementa Wosniaki.

Segundo o diretor-tesoureiro do CFN, “se o Estado não prover uma alimentação adequada e saudável a esses indivíduos, ele também será um violador de direitos”. Portanto, não basta garantir acesso a qualquer alimento, mas sim alimentos de qualidade que representem vínculo para essa população em situação de vulnerabilidade. “Esse é um papel importante do nutricionista nesse contexto”, enfatiza.

O nutricionista também desempenha um papel vital em contextos de emergência e calamidade pública, como eventos climáticos extremos. Nessas situações, ele contribui tanto para o atendimento imediato às populações afetadas quanto para o planejamento e execução de políticas de segurança alimentar, como o programa “Cozinha Solidária”, que garante refeições nutritivas em momentos de crise e auxilia no reestabelecimento de práticas alimentares adequadas.

A Agenda de Alimentação e Nutrição no SUAS reforça o papel do nutricionista como articulador entre políticas públicas de assistência social e segurança alimentar, promovendo a sustentabilidade dos sistemas alimentares e contribuindo para o desenvolvimento social e a inclusão de populações marginalizadas. Sua atuação está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente no combate à fome e à pobreza.

Essas questões foram discutidas neste evento que teve o apoio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, do Conselho Federal de Nutrição, do Conselho Regional de Nutrição da 10ª Região e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

No evento, Alexsandro Wosniaki participou da mesa-redonda “SUAS: na defesa e garantia do DHAA” e na facilitação da oficina “Regulamentação da atuação do nutricionista no SUAS: subsídios para revisão da Resolução CFN nº 600/2018”.

Na ocasião, que inclui a II Mostra de Experiências de Alimentação e Nutrição no SUAS, reunindo trabalhos exitosos de todo o país, o Sistema CFN/CRN foi representado por seus conselhos federais e regionais, demonstrando alinhamento e reforçando a importância do tema tanto para a sociedade quanto para a categoria.

Acesse as fotos do evento: https://flic.kr/s/aHBqjBGQsD